Ao chegar ao 3º Congresso Nacional do PSDB, que está sendo realizado em Brasília hoje (22) e amanhã, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) criticou a possibilidade de mudança na Constituição para que o presidente Lula tente um terceiro mandado consecutivo.
“Há uma limitação [de continuidade]. Eu nunca vi um regime presidencial democrático recente aceitar o terceiro mandato”, disse.
Questionado se ele seria a favor de a legenda negociar com o governo sobre a CPMF, o ex-presidente foi enfático: “O PSDB já tomou sua posição. Agora, temos que pensar no Brasil. Temos que pensar o que é justo e o que não é justo, o que dá para diminuir e o que não dá”, ponderou, referindo-se à alíquota do "imposto do cheque" e à alta carga tributária brasileira.
Segundo ele, as discussões sobre a proposta que prorroga o imposto devem ficar restritas apenas entre os parlamentares, no âmbito do Parlamento. “Eu acho que, quando você está na oposição, você deve conduzir as negociações com o Congresso, e não com o governo”.
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Sobre o papel dos governadores tucanos nas negociações do tributo, FHC avalia que eles devem ter carta branca. “Uma coisa é administração, outra é a questão política. Os governadores têm de ter a opinião deles como responsáveis pelos estados”, opinou, depois de questionado sobre as supostas "ameaças" do presidente Lula às gestões estaduais, sob o argumento de que, no caso da não aprovação da prorrogação do tributo, tais administrações seriam prejudicadas.
Ao chegar para o encontro dos tucanos, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), preferiu não dar declarações à imprensa. Seguiu direto para o auditório, onde já estavam, além de FHC, o presidente nacional do partido, Tasso Jereissati (CE), o próximo presidente (a ser nomeado amanhã), senador Sérgio Guerra (PE), e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, entre outros. (Fábio Góis e Erich Decat)
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