O relator da CPI dos Sanguessugas, senador Amir Lando (PMDB-RO), disse que vai sugerir no relatório parcial a quebra do sigilo bancário dos 21 parlamentares que receberam dinheiro em espécie para aprovar emendas para a compra de ambulâncias superfaturadas com recursos do Orçamento.
Lando também que irá propor a quebra de sigilo de cerca de 80 envolvidos, entre assessores de parlamentares e terceiros que receberam dinheiro em nome dos parlamentares.
"Isso precisa ser feito porque se você deixar isso sem quebrar o sigilo depois, por exemplo, ninguém mais tem competência, só o plenário das respectivas Casas, então a gente já deixa isso pronto", afirmou Lando. "É uma fórmula, no meu entender, que pode auxiliar lá para a frente", disse.
De acordo com o senador, o grupo de 90 parlamentares investigados pela CPI vai ser separado em três categorias no relatório: 21 que receberam dinheiro em espécie, seis citados pelo Ministério Público mas sem evidência de participação no esquema e 63 contra os quais há provas concretas de participação na fraude das ambulâncias.
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Segundo Amir Lando, o relatório parcial que será apresentado na próxima quinta-feira terá três partes: a primeira será uma descrição do esquema, a segunda parte fará uma análise dos tipos de crimes cometidos e de cada caso separadamente e a terceira parte serão as sugestões das medidas corretivas para evitar que o esquema se repita.
Ele afirmou que cada parlamentar envolvido terá um processo separado. "Nós vamos fazer um resumo do comportamento de cada um à luz dos testemunhos, das gravações telefônicas, dos documentos, porque assim nós poderemos formular um juízo de valor sobre cada um", disse Lando.
A apresentação do primeiro relatório parcial da CPI está marcada para a próxima quinta-feira. O relatório deverá apresentar os nomes dos deputados e senadores envolvidos com as fraudes. A segunda fase dos trabalhos será concentrada nos envolvidos que trabalham no poder Executivo.
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