O presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), afirmou que as investigações conduzidas pela comissão vão se restringir, pelo menos inicialmente, à área da saúde. “Quando você amplia demais as investigações, acaba não alcançando o resultado esperado. Nosso foco agora tem de ser a atuação de parlamentares que, de alguma forma, participaram desse esquema criminoso”, disse Biscaia, pouco antes de dar início à reunião administrativa da CPMI.
O delegado regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal em Mato Grosso, Tardelli Boaventura, e o procurador regional da República no estado Mário Lúcio Avelar informaram ontem que a chamada “máfia dos sanguessugas” agia também nos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia.
Biscaia afirmou que a possibilidade de a CPMI ir além da área da saúde só ocorreria depois das eleições, já que há um acordo para que o relatório final da comissão seja apresentado em 60 dias.
Convênios
O presidente da CPMI destacou que a Controladoria Geral da União (CGU) continua a analisar cerca de 3 mil convênios firmados por municípios para o recebimento de recursos federais. Ele disse que o Ministério Público Federal também está avançando nas investigações sobre a possível responsabilidade de prefeitos no esquema.
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Biscaia informou que, na próxima semana, pretende traçar o calendário de trabalhos da comissão. “A maioria dos integrantes reivindicou a indicação [para participar da CPMI], o que implica responsabilidade e ônus de estar aqui pelo menos dois dias por semana.”
O deputado disse discordar da necessidade de apresentação de relatórios parciais como forma de divulgar para a sociedade o nome dos parlamentares envolvidos no esquema de fraudes. Ele estimou que, em cerca de um mês, já será possível a apresentação do relatório final da CPMI.
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