Os advogados Sérgio Weslei da Cunha e Maria Cristina de Souza Rachado devem depor amanhã (23) na CPI do Tráfico de Armas. Os dois são acusados de terem comprado por R$ 200,00 a cópia dos depoimentos do diretor do Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado (Deic), Godofredo Bittencourt Filho, e do delegado Ruy Ferraz, prestados à CPI no dia 10, em sessão secreta, e repassá-los ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A divulgação do conteúdo das conversas entre os delegados teria sido o estopim para o movimento de violência desencadeado em SP pelo PCC.
De acordo com integrantes da CPI do Tráfico de Armas, os advogados também devem passar por uma acareação com Artur Virgílio Pilastres Silva, ex-funcionário terceirizado responsável pelas gravações de sessões da Casa, na próxima quinta-feira (25). Artur Virgílio admitiu que vendeu a cópia da gravação aos dois advogados, que a teriam repassado à facção criminosa.
Amanhã, os integrantes da CPI também vão decidir quando o líder do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, será ouvido pela comissão. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B), informou que não quer esse depoimento nas dependências da Casa. Na avaliação de Aldo, a saída de Marcola da penitenciária de Presidente Bernardes (SP) para ir ao Congresso provocaria uma situação de insegurança, mesmo com um esquema policial reforçado. A convocação de Marcola foi aprovada no início do mês.
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