Os integrantes da sub-relatoria de Fundos de Pensão da CPI dos Correios questionaram hoje o patrimônio declarado pelo ex-gerente de Análise de Investimentos do Real Grandeza (fundo de pensão de Furnas) Benito Siciliano. Em depoimento há pouco, Siciliano disse à sub-relatoria que recebia R$ 10 mil por mês líquido em fevereiro de 2005, quando foi demitido do cargo. Mas, sua declaração de renda registra bens estimados em mais de R$ 2 milhões.
Siciliano é proprietário de um apartamento de 297m², avaliado em R$ 900 mil, no Leblon, um dos bairros mais valorizados da capital fluminense, além de uma casa em Petrópolis (RJ), estimada em R$ 110 mil.
O sub-relator de Fundos de Pensão, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), considerou o patrimônio incompatível com a renda declarada e ainda disse suspeitar que esses bens estejam sub-valorizados.
O deputado Carlos Willian (PMDB-MG), que também integra a CPMI, obteve a cópia de uma escritura pública de aquisição de um apartamento na lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, por R$ 1 milhão. Oficialmente, o comprador do imóvel foi uma offshore do Uruguai, mas o deputado mineiro acredita que a quebra de sigilo da empresa vai revelar que o verdadeiro comprador foi Benito Siciliano. (Com Agência Câmara)