A CPI da Petrobras realiza, na tarde desta terça-feira (25), uma acareação entre os dois principais delatores da Operação Lava Jato: o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Até o momento, os dois afirmaram que não podem acrescentar mais informações às que já foram prestadas tanto ao juiz Sérgio Moro, quanto ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no transcorrer das investigações da Lava Jato. O doleiro, por exemplo, comparece à CPI munido de um habeas corpus concedido pelo ministro Teori Zavascki, do STF, que dá a ele o direito de não responder as perguntas dos parlamentares.
Durante as investigações da Lava Jato, Youssef revelou que foi ameaçado “por um deputado pau mandado” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Questionado pelo relator da CPI, o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), de onde partiram as ameaças, Youssef disse apenas que iria se “reservar o direito ao silêncio, conforme o salvo-conduto do Supremo Tribunal Federal”.
Paulo Roberto Costa afirmou que “não tinha grandes novidades” para falar aos parlamentares e que “não tinha conhecimento sobre eventos ou contratos” de outras áreas da Petrobras.
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A acareação entre Paulo Roberto e Youssef foi pedida pelos deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Celso Pansera (PMDB-RJ). Os parlamentares querem explicações sobre divergências encontradas nos depoimentos que o ex-diretor e o doleiro prestaram à Justiça Federal. A principal delas tem relação com a campanha eleitoral de 2010 da presidente Dilma Rousseff. Paulo Roberto disse que o ex-ministro Antonio Palocci pediu, na época, R$ 2 milhões para a campanha, dinheiro que, segundo ele, foi repassado por Alberto Youssef. Já o doleiro, em depoimento à CPI, negou ter recebido o pedido e disse não conhecer Palocci.
Com informações da Agência Câmara
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