O relator da CPI do Tráfico de Armas, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), antecipou ao jornal O Estado de São Paulo alguns pontos do relatório que será apresentado no fim de agosto. Uma das proposições do parlamentar é exigir a comprovação da fonte de recursos dos honorários pagos aos advogados pelos presos. O deputado optou pelo requerimento depois que, em 8 de junho de 2006, o preso Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, um dos líderes do PCC, afirmou que o dinheiro de assaltos financiava o pagamento dos advogados.
O deputado informou ainda que encomendou uma pesquisa para verificar como outros países tratam situações semelhantes. Pimenta pretende incluir essas informações no relatório. “A origem ilícita dos honorários dos advogados é um tema do qual a sociedade brasileira nunca refletiu a respeito. Como pode um cara como o Marcola, que está preso há sete anos e é de família humilde, ter quase 20 advogados? Como ele paga?”questionou o relator.
Pimenta vai propor também a exigência de revista com detectores de metais em todas as pessoas que entrarem nos presídios, inclusive advogados. Segundo o deputado, a falta desses detectores e a ação corporativa contra revistas têm contribuído para a entrada de celulares nas unidades prisionais.
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Além disso, o relator pedirá a tipificação do crime organizado e a restrição do acesso de advogados aos presos, que somente ocorrerá por meio de procuração.
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