A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES fará uma reunião conjunta com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, na próxima terça-feira (28), para ouvir o empresário Joesley Batista, ex-presidente da JBS. Na quarta-feira (29) será a vez do empresário Eike Batista, presidente do grupo EBX.
A CPMI foi criada para investigar irregularidades envolvendo o grupo JBS e a Holding J&F, além de empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à J&F nos governos Lula e Dilma. Por conta das denúncias envolvendo a JBS e o BNDES, as comissões têm realizado sessões conjuntas quando algum delator envolvidos nos fatos conexos é convocado para depor.
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Já a CPI do BNDES investiga suspeitas de corrupção na concessão de empréstimos do BNDES a diversas empresas, entre elas a empreiteira Odebrecht; a JBS, do setor do agronegócio; e o conglomerado EBX.
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No dia 8 de novembro, as duas comissões se reuniram para ouvir Wesley Batista, irmão de Joesley. Na ocasião, o empresário negou ter descumprido as cláusulas do seu acordo de colaboração judicial e se disse injustiçado por estar preso enquanto pessoas que delatou estão soltas. “Estamos vendo colaboradores sendo punidos e perseguidos pelas verdades que disseram. Isso fez o Brasil se olhar no espelho, mas como ele não gostou do que viu, temos delatores presos e delatados soltos”, disse. No entanto, não respondeu a nenhum questionamento dos parlamentares.
Diligências
Os parlamentares também aprovaram requerimentos para realização de diligências na sede do banco, no Rio de Janeiro, e para obter junto à Procuradoria-Geral da República cópia de sindicância relativa à colaboração premiada de José Carvalho Filho, ex-funcionário da Odebrecht.
Segundo os autores dos requerimentos – respectivamente, Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da CPI do BNDES, e Roberto Rocha (PSDB-MA), relator da comissão -, a obtenção das informações é necessária para a boa continuidade da apuração da comissão de inquérito. A ideia, segundo Davi Alcolumbre, é “dar celeridade e permitir a supressão de lacunas para a preparação de reuniões e oitivas e, sobretudo, permitir a otimização da fase final dos trabalhos da Comissão”.
Com informações da Agência Senado
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