O presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), afirmou que o quadro traçado até agora pelas investigações da comissão revela a participação de um número elevado de parlamentares contra os quais existem provas. Dentre essas provas, citou as degravações colhidas pela Polícia Federal (PF) e anotações relativas a depósitos em benefício de parlamentares.
Essas anotações estão em agenda apreendida na empresa Planam, envolvida no esquema de fraudes na compra de ambulâncias. As declarações de Biscaia foram feitas após o final da reunião da CPI, que ocorreu a portas fechadas. No encontro, foram ouvidos o procurador federal de Mato Grosso Mario Lúcio Avelar e o delegado regional de Combate ao Crime Organizado da PF em Mato Grosso, Tardelli Boaventura.
Eles iniciaram as investigações sobre o esquema de fraudes envolvendo a compra de ambulâncias por prefeituras, descoberto pela Operação Sanguessuga, realizada pela PF em maio deste ano.
Biscaia explicou que os dois traçaram um roteiro das atividades criminosas envolvendo fraudes com emendas parlamentares. Segundo o parlamentar, a partir dessas informações, novas diligências serão feitas pela CPMI em busca de outros documentos. Ele reafirmou que o trabalho da CPMI deve se sustentar principalmente na análise da documentação.
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