A CPI das Sanguessugas recebeu na quinta-feira do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, uma nova relação com 42 nomes de parlamentares envolvidos no esquema de compra superfaturada de ambulâncias por prefeituras, com recursos de emendas parlamentares.
O presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), já determinou à comissão que notifique na segunda-feira os parlamentares que integram essa nova lista. Depois de receberem as notificações, os acusados terão cinco dias para apresentar defesa por escrito.
Com as novas denúncias, agora sobe para 57 o número de parlamentares investigados pela CPI. Os nomes ainda não podem ser divulgados porque o processo corre em segredo de justiça.
Dos 15 parlamentares notificados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nove já entregaram a defesa escrita à comissão. O restante, que pediu mais prazo, conseguiu mais cinco dias do presidente da CPI.
Relatório
Também na quinta-feira, a CPI recebeu as 130 páginas do depoimento prestado por Luiz Antônio Trevisan Vedoin, dono da Planam, à Justiça Federal em Cuiabá. Segundo integrantes da CPI, o depoimento de Trevisan é o mais incriminador até agora. Ele apontou o nome de pelo menos 60 deputados e três senadores envolvidos com o esquema. Além disso, o empresário apresentou documentos bancários que provam o envolvimento dos parlamentares com a fraude.
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O depoimento será a principal peça para embasar o relatório que o senador Amir Lando (PMDB-RO) deverá apresentar no dia 3 de agosto. Antes disso, Luiz Antônio Trevisan Vedoin deve depor na CPI no dia 25 de julho.
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