No dia em que iniciou os trabalhos, a CPI dos Sanguessugas já estabeleceu, na primeira sessão, uma diretriz polêmica: os parlamentares supostamente envolvidos no esquema não devem ser ouvidos, segundo o presidente da comissão, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ).
A intenção, diz ele, é se debruçar sobre as provas já colhidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. “Sempre tive visão crítica de algumas CPIs que não tinham compromisso com investigação séria e profunda, mas com audiências infindáveis e que não levavam a nada”, afirmou Biscaia, segundo reportagem da Folha de S.Paulo desta sexta-feira.
Segundo ele, ouvir os parlamentares acusados é uma função posterior à CPI, caso os envolvidos venham a ser julgados pelo Conselho de Ética.
A CPI, prevista para durar 60 dias, foi criada no rastro do escândalo da venda de ambulâncias superfaturadas a prefeituras. Segundo a PF, congressistas alocavam verbas no Orçamento da União para que as prefeituras adquirissem os veículos da Planam, apontada como a cabeça do esquema.
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