Rodolfo Torres
A CPI dos Grampos aprovou nesta quinta-feira (7) pedido de indiciamento do banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, por escuta clandestina.
O relatório da deputada Iriny Lopes (PT-ES) ao Ministério Público, contudo, não pede o indiciamento do delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, e do ex-diretor da PF Paulo Lacerda. De acordo com a petista, Protógenes e Lacerda já estão indiciados.
O colegiado retomará na próxima terça-feira (12) a votação de um destaque para retirar o pedido de indiciamento de Idalberto Martins, terceiro-sargento da Força Aérea Brasileira, e Eneida Orbage, delegada da Polícia Civil do Distrito Federal.
Satiagraha
Daniel Dantas foi preso durante a Operação Satiagraha, deflagrada pela Polícia Federal em julho de 2008 para investigar uma quadrilha – da qual o banqueiro supostamente fazia parte – suspeita de praticar crimes financeiros.
Coordenada por Protógenes, a Satiagraha recebeu críticas de autoridades e parlamentares por supostamente adotar condutas irregulares de escutas telefônicas.
De acordo com o ex-relator da CPI dos Grampos, Nelson Pellegrino (PT-BA), que é o atual secretário de Justiça da Bahia, ficou claro que houve inúmeras impropriedades na Satiagraha.
Pellegrino citou como irregularidade da operação o uso de “senhas genérica para policiais terem acesso a dados cadastrais e de histórico de chamadas realizada e recebidas por pessoas investigadas”. Disse ainda que houve acesso indevido de policiais a escutas telefônicas.
Por sua vez, Protógenes nega irregularidades na operação. Ao Congresso em Foco, o delegado afirmou que, depois da Satiagraha, a Polícia Federal não que mais mexer com peixes graúdos. (confira a entrevista).
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