A Sub-relatoria de Fundos de Pensão da CPI dos Correios volta a se reunir a partir das 14h30 de hoje, na sala 2 da ala Nilo Coelho, no Senado. Os integrantes da CPI ouvirão três representantes da Euro Distribuidora de Títulos Imobiliários. São eles Sérgio de Moura Soeiro, Jorge Luiz Gomes Chrispim e João Luiz Ferreira Carneiro. A Euro é investigada por operações com o fundo de pensão Nucleos, dos funcionários da Eletronuclear, que apresentou prejuízo de R$ 34,6 milhões em recentes operações na BM&F.
Na reunião de hoje de manhã, o sub-relator, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), levantou a possibilidade de que os recursos dos fundos que apresentaram prejuízos tenham sido desviados. Depois de ouvir os representantes do Fundo de Pensão dos Funcionários Públicos Federais (Geap), ACM Neto afirmou que integrantes da CPI desconfiam da concentração de perdas do fundo em operações financeiras geridas por algumas corretoras, como a Bonus-Banval. As corretoras, segundo o deputado, poderiam estar sendo intermediárias de desvios dos recursos.
ACM Neto citou uma operação de um fundo exclusivo do Geap, em que teriam sido vendidos 5 mil títulos por meio da corretora Tusa, antecessora da Euro na gestão dos recursos do fundo. Os títulos teriam sido revendidos para a corretora Brasil Central e, no mesmo dia, para o Fundo de Pensão dos Funcionários da Terracap do Distrito Federal (Funterra), com lucro de R$ 1,23 milhão.
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O consultor de investimentos do Geap, César Buzin, disse não ter conhecimento dessa operação, mas lembrou que essa acusação pode não ser confirmada. Ele advertiu aos deputados que há a possibilidade de o Funterra tê-los comprado acima do preço de mercado.
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