A Sub-Relatoria de Normas de Combate à Corrupção da CPI dos Correios estuda a viabilidade de se aumentar o poder do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), vinculado ao Ministério da Fazenda. Na opinião dos parlamentares, o órgão fica limitado à análise das informações enviadas pelos bancos e tem estrutura insuficiente para o combate à lavagem de dinheiro.
A reação dos parlamentares vem dois dias depois do depoimento do presidente do Coaf, Antonio Gustavo Rodrigues, à própria Sub-Relatoria de Normas de Combate à Corrupção da CPI. O depoimento de Rodrigues irritou muito os integrantes da comissão, que viram no Coaf um órgão com poucos poderes.
A intenção da CPI é equiparar o funcionamento do órgão ao do Financial Crimes Enforcement Network (FinCen), unidade de inteligência financeira dos Estados Unidos que rastreia movimentações de lavagem de dinheiro. “Eles (FinCen e Coaf) têm praticamente as mesmas funções, mas lá o poder é maior do que aqui no Brasil”, explicou o senador Romeu Tuma (PFL-SP).
Tuma e o sub-relator de Normas de Combate à Corrupção, deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS), reuniram-se nesta quinta-feira para discutir a análise e a revisão das leis brasileiras de combate à lavagem de dinheiro. A meta é aumentar a eficácia das leis e criar punições mais severas para crimes de corrupção.
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Caso a mudança se efetive, o Coaf poderá ter ligação direta com o Congresso Nacional, mais capacidade de rastrear os processos de lavagem de dinheiro e maior autonomia. “Precisamos de um órgão que possa reunir toda a estrutura de combate à corrupção no Brasil, que possa agir de forma pró-ativa ou preventiva”, disse Lorenzoni.
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