A CPI dos Cartões Corporativos tem três reuniões de depoimentos previstas para esta semana. Nelas serão ouvidos ministros e ex-ministros responsáveis por dados sigilosos da Presidência da República, entre eles o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix, e o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda.
A ex-ministra Matilde Ribeiro (Promoção da Igualdade Racial) e os ministros Orlando Silva (Esporte) e Altemir Gregolin (Pesca), todos acusados de mau uso dos cartões, também estão com depoimentos marcados.
Amanhã, a partir das 9h30, deve ser ouvido o ministro do GSI, general Jorge Félix, e o ministro do Esporte, Orlando Silva.
Na quarta, foram convidados o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda, e a ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro.
Para quinta-feira (10), estão marcados os depoimentos do ministro Altemir Gregolin, da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, e do ex-ministro Alberto Cardoso, responsável pelo Gabinete de Segurança Institucional durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Leia também
Dados sigilosos
Em acordo firmado logo na primeira reunião da CPI, os parlamentares concordaram em só votar os pedidos de quebra de sigilo de informações ligadas à Presidência da República após ouvir essas autoridades do GSI e da Abin.
Durante todas as sessões da comissão, qualquer menção às informações ligadas à Presidência ou à convocação de funcionários dali era motivo de polêmica.
Na semana passada o impasse foi tanto que a presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), avisou que encerraria os trabalhos do plenário logo após colher os depoimentos que já haviam sido aprovados.
A oposição também apresentou requerimento para a abertura de uma CPI exclusiva do Senado, onde a diferença entre governo e oposição é menor, por alegar que não há vontade da base governista para se investigar as irregularidades com os cartões corporativos.
O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), avisou que leria o pedido para a nova comissão de investigação amanhã (8). (Soraia Costa)