Após o governo ceder ao PSDB a indicação da presidência da CPI mista dos Cartões Corporativos (leia mais), o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), tratou de destacar que o colegiado não tem a mesma importância para governistas e oposicionistas.
“Continuo dando muito pouca importância a CPI. É um assunto de menor importância… É dispensável”, afirmou o petista, ressaltando que o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público e a Controladoria Geral da União poderiam investigar as denúncias de mau uso na utilização dos cartões de crédito corporativos do governo.
Para Fontana, é necessário que os parlamentares passem “para o próximo capítulo”, ou seja, a análise da proposta de reforma tributária. A intenção do governo, de acordo com o deputado gaúcho, é simplificar a carga tributária no país.
Segundo o petista, o fato de os tucanos indicarem o presidente da CPI foi uma “concessão do governo”, uma vez que o PMDB abriu mão do cargo. A atitude, orquestrada pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), vai, na visão de Fontana, facilitar o diálogo para a apreciação da reforma tributária.
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“A reforma tributária é positiva. Ela simplifica, acaba com a guerra fiscal e desonera”, disse Fontana, acrescentando que, desta vez, o governo quer “votar mesmo” a matéria.
Para presidir a comissão especial da Câmara que vai tratar da reforma, Henrique Fontana e o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), destacaram a variedade de congressistas qualificados para a função, mas apontaram o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci (PT-SP) como um dos prováveis candidatos.
Chinaglia destacou que, para ele, apesar de 2008 ser um ano eleitoral, “não significa paralisia” dos trabalhos no Congresso. O presidente da Câmara também avaliou que as tentativas de reformas tributárias anteriores não “conseguiram atingir objetivos concretos”, e que é o tema é de extrema complexidade. (Rodolfo Torres)
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