Os trabalhos da CPI dos Bingos, previstos para encerrarem no próximo dia 26, foram prorrogados por mais 180 dias e devem acabar apenas em abril de 2006. A CPI foi criada para investigar casas de jogos de bingo, supostamente beneficiadas, por meios escusos, com contratos públicos. O alvo principal da investigação era a participação do ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz na negociação do contrato de loterias entre a multinacional Gtech e a Caixa Econômica Federal. Mas o foco de investigações ampliou-se e, hoje, abrange do assassinato do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel e até os árbitros da máfia do apito.
A agenda de trabalhos desta semana já está fechada. Na próxima quarta-feira (26), os senadores realizam acareação entre João Francisco e Bruno Daniel – irmãos de Celso Daniel – e Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os senadores da base aliada vão fazer de tudo para que a acareação seja realizada a portas fechadas. A palavra final cabe ao presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB), depois de ouvir o plenário da comissão.
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Amanhã (25) será ouvido o ex-juiz João Carlos da Rocha Mattos, preso há quase dois anos por negociar sentenças na Justiça Federal em São Paulo. Ele foi convocado após revelar a existência de 42 gravações que, segundo ele, comprometem Gilberto Carvalho. Na quinta (27), prestam depoimentos o atual presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, e os ex-presidentes da Caixa Emílio Carazzai, Danilo de Castro e Sérgio Cutolo. Os três vão falar sobre o contrato entre a Gtech e a Caixa, renovado em abril de 2003, para operacionalizar o sistema de loterias federais.
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