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O depoimento do empresário de jogos Carlos Cachoeira à CPI dos Bingos na terça-feira não convenceu os senadores que aprovaram ontem à tarde a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e bancário do empresário, acusado usar casas de jogos para lavar dinheiro. Os membros da CPI quebraram também o sigilo de todas as pessoas e empresas envolvidas em denúncias de irregularidades nos contratos de loterias. A quebra de sigilo das pessoas físicas, inclusive de Cachoeira, é retroativa aos últimos cinco anos. Já o das empresas é de janeiro de 2002 a dezembro de 2004. São elas Rogério Buratti, ex-assessor de Antonio Palocci, hoje ministro da Fazenda, na prefeitura de Ribeirão Preto, Elza Buratti, a multinacional Gtech, a W Way Informática e a BBS Consultoria. José Vicente Brizola confirma caixa dois no PT O ex-diretor da Loteria do Rio Grande do Sul (Lotergs) José Vicente Brizola depôs ontem na comissão parlamentar e revelou que a ex-senadora Emília Fernandes e o filho dela Carlos Fernandes o teriam pressionado para obter recursos com as loterias para campanhas em 2002. E disse ter convicção de que o deputado José Dirceu é o mentor do esquema de caixa dois dentro do partido. Leia também “Quando fiz a denúncia do caixa dois do PT, os políticos locais do partido tentaram me desqualificar. A verdade é que denunciei algo que hoje está sendo comprovado. Eu fui o primeiro a ter coragem de denunciar”, disse ele. |