Está marcada para terça-feira (26) a próxima reunião deliberativa da CPI do HSBC. E o primeiro item da pauta é o requerimento do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) que solicita uma diligência da comissão à França.
Os objetivos são reunir-se com as autoridades daquele país que investigam o caso, e também com o ex-funcionário do HSBC em Genebra, Hervé Falciani.
Foi do arquivo deste ex-funcionário que partiu o vazamento de 106 mil contas de clientes de 203 países, que passaram a ser investigados por supostas irregularidades. Os depósitos somavam mais de U$ 100 bilhões, sendo que o Brasil é o 4º colocado no número de clientes.
“Segundo o que já vazou, tem gente de diversos escândalos de corrupção no meio. Da operação Lava Jato, do metrô de São Paulo, das máfias do INSS, dos caça-níqueis, do tráfico de drogas e etc”, lista Randolfe.
Ainda segundo o senador, há indícios de que o HSBC orientaria seus correntistas no sentido da evasão fiscal, abrindo contas em paraísos fiscais.
“Possivelmente envolve dinheiro sujo, e o aprofundamento das investigações pode ajudar a desvendar outros grandes esquemas”, acredita.
Também consta na pauta requerimentos pedindo a quebra do sigilo fiscal de 16 nomes, entre eles o do doleiro Henry Hoyer (investigado pela Lava Jato), do ex-diretor do metrô paulista Paulo Celso Mano, de duas irmãs do deputado Paulo Maluf (Therezinha e Nely), dos empresários Benjamin Steinbruch e Dario Queiroz Galvão e do vereador no Rio de Janeiro Marcelo Arar (PT).
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