Rosely é sócia da Alberto & Pantoja Construções, apontada pela Polícia Federal como empresa de fachada do esquema de Cachoeira para lavar recursos da empreiteira Delta. Edivaldo deixou o comando do Detran após a divulgação de gravações em que aparece garantindo a Cachoeira o repasse de verba estadual para uma das empresas do contraventor.
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Esta é a segunda vez que a CPI tenta ouvir esclarecimentos de Rosely e Edivaldo. A comissão chegou a marcar depoimento dos dois para 3 de julho. Ela não foi localizada; ele estava viajando.
Em depoimento à CPI do Cachoeira, em junho, o jornalista Luiz Carlos Bordoni contou que recebeu R$ 45 mil da Alberto & Pantoja, em abril do ano passado, como parte do pagamento dos serviços prestados por ele à campanha do governador Marconi Perillo (PSDB) em 2010. O governador nega qualquer envolvimento com o grupo de Cachoeira.
Na carta em que pediu exoneração do comando do Detran, Edivaldo disse que sua relação com o contraventor era profissional e nada tinha a ver com sua atuação no governo de Goiás.
“Nos últimos dias, setores da mídia e adversários políticos procuraram de todas as formas vincular minhas atividades eminentemente privadas, sobre as quais inclusive tenho a prerrogativa de manter sigilo, notadamente as que envolvem minha atividade profissional como advogado, com a minha atuação como membro da equipe do Governo de Goiás”, escreveu Edivaldo, em 4 de abril, em carta endereçada a Marconi.
A CPI do Cachoeira tem quatro depoimentos marcados para a próxima semana. Na próxima terça-feira (7), a comissão ouve a empresária Andressa Mendonça, noiva de Cachoeira, e o policial federal aposentado Joaquim Gomes Thomé Neto, apontado como um dos “arapongas” do grupo. Já no dia seguinte, será a vez de Andréa Aprígio, ex-mulher do contraventor e dona do laboratório Vitapan, empresa envolvida no esquema do empresário. No mesmo dia, deve ser ouvido o contador Rubmaier Ferreira de Carvalho, suspeito de viabilizar os negócios de Cachoeira por meio de uma rede de empresas de fachada.
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