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Até lá, as reuniões do colegiado, tanto para ouvir depoimentos quanto para votar requerimentos e outras questões administrativas, ficarão suspensas. Segundo os parlamentares, o segundo turno das eleições municipais poderia atrapalhar o andamento dos trabalhos. “Os partidos entenderam que, por estarmos vivendo um período eleitoral, nós não poderíamos contaminar nenhuma discussão de apresentação do relatório ou outras discussões de requerimentos neste momento que antecede o segundo turno”, afirmou o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).
Durante o primeiro turno das eleições, a CPI também suspendeu os trabalhos por mais de um mês. Na semana passada, ela foi retomada com o depoimento do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO). Apesar da suspensão, deputados e senadores garantiram que continuarão investigando as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos e agentes públicos e privados, além das extensões do esquema com a construtora Delta.
No entanto, mesmo que haja um acordo entre os líderes, é preciso recolher a assinatura de um terço da Câmara e do Senado, o que equivale à assinatura de 171 deputados e 27 senadores. O senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) apresentou na última reunião da CPI, realizada na terça-feira (9) passada, um documento para estender os trabalhos por mais 180 dias. Segundo o senador, já há a assinatura de 17 colegas, inclusive do PMDB. Ele não soube informar quantos deputados já assinaram o documento. “Os fatos imporão que há a necessidade de prorrogação. Vamos lutar para ter todas as assinaturas, pois há não haverá discussão sobre o prazo de extensão. Terá que ser 180 dias”, disse.
A discussão em torno do período de prorrogação se dá porque PSDB, DEM, Psol, PDT e PPS já afirmaram que querem mais seis meses de trabalho. Porém, o PT e o PMDB preferiram não se manifestar sobre o assunto hoje. No entanto, ambos já falaram admitiram que desejam apenas mais 30 dias de prorrogação. “Os líderes partidários entrarão em acordo para decidir”, afirmou Vital.
PublicidadeA reunião administrativa que havia sido marcada para amanhã, foi transferida para o dia 31. Os parlamentares pretendem analisar os mais de 500 requerimentos que estão na pauta, principalmente aqueles que pedem a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de empresas ligadas à construtora Delta. Segundo o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), 29 empresas são suspeitas de atuarem como fantasmas da Delta. Dessas, ainda faltam informações sobre 17. “Essa não é mais a CPI do Cachoeira. É a CPI Cachoeira-Delta. Tudo uma coisa só”, disse.