O deputado Paulo Rubem Santiago (PT-PE), sub-relator da CPI dos Sanguessugas, revelou que as fraudes mais comuns realizadas pelos parlamentares envolvidos no esquema de venda superfaturada de ambulâncias se concentravam na elaboração de emendas relativas à destinação de recursos ONGs que eram controladas por parentes de deputados.
Outra estratégia utilizada foi a realização de acordos com empresas envolvidas nas fraudes para garantir-lhes exclusividade nas licitações de ambulâncias em determinados estados.
Cooptação
Paulo Rubem Santiago também identificou uma tendência de cooptação de novos deputados por deputados mais antigos para participarem do esquema. E foram constatados, de acordo com ele, casos de prefeitos beneficiados com cheques dos próprios municípios referentes às contrapartidas para a compra de ambulâncias: empresas endossavam os cheques e eles eram repassados para os prefeitos, em vez de irem para os cofres das prefeituras.