Em depoimento à CPI do Apagão Aéreo na Câmara, a diretora de Engenharia da Infraero, Eleuza Therezinha Manzoni dos Santos Lores, negou hoje (21) ter recebido propina de empresas que têm contrato com a estatal. "Nunca recebi nada, de ninguém, além do meu salário", afirmou.
Eleuza afirmou não entender por que seu nome foi citado pela empresária Sílvia Pfeiffer, ex-sócia da empresa Aeromídia, em seu depoimento à CPI do Apagão Aéro no Senado. Sílvia denunciou um esquema de corrupção envolvendo várias empresas e a Infraero. (leia mais)
A diretora da Infraero disse que vai processar a empresária e admitiu abrir seus sigilos bancário, fiscal e telefônico à comissão parlamentar.
O deputado Marco Maia (PT-RS), relator da CPI, considerou o depoimento de Eleuza "seguro". Contudo, o petista não descartou a possibilidade de convocar Silvia. "Como a empresária já havia sido convocada no Senado, avaliamos que não era fundamental ouvi-la neste primeiro momento, mas, se o processo de investigação mostrar que o depoimento será importante, ela será ouvida", disse.
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De acordo com a Agência Câmara, a diretora da Infraero admitiu que responde a ação civil pública aberta pelo Ministério Público de São Paulo em relação à licitação de obras do aeroporto de Congonhas (SP). Eleuza explicou que a ação foi motivada pelo fato de a Infraero ter adotado a modalidade de "técnica e preço" na licitação, enquanto o normal, anteriormente, era adotar apenas o menor preço.
Segundo a diretora da estatal, “a Infraero não tem culpa nenhuma pela crise aérea". (Rodolfo Torres)