Os deputados mineiros José Militão (PTB), Cleuber Carneiro (PTB) e Cabo Júlio (PMDB) afirmaram que a denúncia de envolvimento com o esquema fraudulento da família Vedoin, dona da Planam, não os prejudicará nas eleições deste ano. Os três foram apontados pelo relatório parcial da CPI dos Sanguessugas aprovado ontem.
“Vou fazer minha defesa pública no Conselho de Ética. Sou candidato e vou ganhar a eleição. Eu tenho um eleitorado consciente que me acompanha há 20 anos e sabe que não sou safado e que jamais desviei dinheiro público”, disse Militão, que foi acusado de receber R$ 10 mil em contas indicadas.
O deputado Cleuber Carneiro também se defendeu das acusações e afirmou que não seria afetado pela denúncia. Segundo ele, os argumentos “irresponsáveis e mentirosos” dos “bandidos da Planam” não manchariam os 34 anos de atuação política dele.
O parlamentar, de acordo com o relatório, teria recebido R$ 42 mil em mãos e R$ 14,4 mil em conta corrente como pagamento por emendas individuais apresentadas ao orçamento federal. O deputado, inclusive, confirmou o valor depositado. “A única coisa que me pesa nessa relação foi ter aceitado uma mísera ajuda para a campanha municipal de 2004. Eu não vou aceitar o que esses bandidos dizem de mim. Vou morrer afirmando minha inocência. Meu eleitor me conhece e vou ganhar a eleição outra vez. Meu maior e definitivo julgamento será o do próprio povo”, argumentou.
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Outro mineiro que não concorda que as acusações da comissão possam derrubá-lo em outubro é o deputado Cabo Júlio. O parlamentar teria recebido mais de R$ 150 mil em conta bancária para participar do esquema. Mas ele garante que não houve irregularidades.
“Qualquer pessoa que estivesse envolvida em coisa errada, não receberia na conta. Eu não seria tão inocente de receber na minha conta pessoal. O meu eleitor conhece a minha história de vida contra tudo e contra todos”, disse Júlio.
O candidato reiterou que não perderá as eleições por causa das conclusões do relatório e lembrou que algo parecido ocorreu em 2000. “Eu fui acusado de receber R$ 9 milhões e fui inocentado posteriormente”, afirmou.
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