O delegado da Polícia Federal Élzio Vicente da Silva, responsável pelas investigações da Operação Chacal, voltou a admitiu que a Kroll, empresa denunciada de espionagem contra a Telecom Italia a pedido do grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, realizou interceptações telefônicas ilícitas.
“Em relação a uma das ações penais contra a Kroll, há a interceptação telefônica ilegal. Pode ter certeza que vossa excelência pode tirar sua dúvida assim que tiver acesso aos autos”, disse Silva em resposta ao questionamento do presidente da CPI dos Grampos, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), a respeito da realização de grampos por parte da Kroll. “Fico entre a cruz e a espada para não entrar na prova que foi produzida”, desabafou Silva, que ressaltou no início de sua explanação que a investigação segue em segredo de Justiça. O delegado presta depoimento, na manhã desta quinta-feira (7), à Comissão.
A Operação Chacal foi um desmembramento do Caso Parmalat em 2004. Segundo Silva, a partir das investigações do caso veio-se a suspeita de envolvimento de pessoas da empresa Kroll com práticas de “espionagem” para o grupo Opportunity. Meses depois, a Polícia deflagrava a Operação Chacal, para investigar as denúncias. Objetivo da operação, de acordo com Silva, era coibir a atuação de um grupo que obtinha dados por meio de vias ilícitas, como escutas telefônicas ilegais. (Renata Camargo)
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