O presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB) informou, no início da sessão convocada para ouvir o depoimento do ex-presidente da estatal, Renato Duque, que primeiro-vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), se ofereceu para prestar esclarecimentos de maneira espontânea. O depoimento foi marcado para a próxima terça-feira (24).
Maranhão é um dos deputados que tiveram o pedido de investigação autorizado pelo ministro Teori Zavascki. À Agência Câmara, Maranhão disse estar à disposição para “colaborar com as autoridades para o avanço exitoso da investigação.”
Na quarta-feira (18), reportagem de Congresso em Foco mostrou que mesmo tendo declarado apenas R$ 16 mil em espécie e nenhum centavo em conta bancária durante as eleições de 2010, o parlamentar, doou R$ 557 mil para sua própria campanha eleitoral de 2010.
Conforme as delações premiadas do doleiro Alberto Youssef, operador financeiro do esquema, Maranhão fazia parte da ala de “menor expressão” do PP em 2010 e recebeu repasses mensais que variavam de R$ 30 mil a R$ 50 mil. O parlamentar sempre negou relações com o doleiro. A suspeita dos investigadores da Lava Jato é que Maranhão teria recebido recursos do doleiro e aplicado diretamente na campanha eleitoral.
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