A Secretaria-Geral do Congresso confirmou no início desta noite (14) que não há assinaturas suficientes de deputados para a instalação da CPI da Navalha. Os deputados Lindomar Garçon (PV-RO) e Edmar Moreira (DEM-MG) retiraram os seus nomes do requerimento que pedia a instalação da comissão.
Além deles, a assinatura do deputado Paulinho da Força (PDT-SP) apresentou problema. A assessoria do deputado pedetista confirmou ao Congresso em Foco o nome do parlamentar no requerimento que pede a criação da CPI. Segundo eles, o problema foi que o deputado assinou como Paulinho da Força, e o seu nome parlamentar atualmente é Paulo Pereira da Silva. Ainda de acordo com a assessoria de Paulinho, a mudança do nome parlamentar foi feita há cerca de um mês a pedido do próprio Congresso.
O Congresso em Foco tentou localizar os deputados Lindomar Garçon e Edmar Moreira, mas como eles estão viajando para os respectivos estados, não foram encontrados.
Como o requerimento apresentado ontem (leia mais) contava com 172 assinaturas de deputados, uma a mais do que o mínimo necessário (171), ele agora conta com um número insuficiente de parlamentares na Câmara, 169. No Senado, 30 parlamentares assinaram o requerimento – são necessárias 27 assinaturas.
Leia também
Se a CPI da Navalha (que seria mista, composta por deputados e senadores) não for instalada, o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), aventa a possibilidade de criar uma comissão de inquérito naquela Casa. Para isso, contudo, é necessário recolher novas assinaturas.
Esperança
O deputado Augusto Carvalho (PPS-DF), um dos que recolheram assinaturas na Câmara, minimizou a retirada dos nomes de Edmar Moreira e Lindomar Garçon. Segundo ele, há esperança para a CPI ser criada enquanto houver prazo regimental. "Da mesma forma que houve retirada, vamos buscar patriotas para assinar pela investigação", disse.
A secretária-geral do Senado, Cláudia Lira, disse que a CPI será oficialmente arquivada (ou instalada, se conseguir apoio suficiente) depois de despacho do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), o que deve ocorrer na terça-feira da semana que vem. (Carol Ferrare, Lucas Ferraz e Rodolfo Torres)