De acordo com o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), faltam apenas duas assinaturas para que se chegue ao número mínimo de 171 – um terço dos 513 deputados – exigidos para a criação da CPI da Navalha. Se instalada, a comissão vai investigar a operação realizada pela Polícia Federal, que prendeu várias autoridades e o suposto envolvimento de parlamentares no esquema.
O balanço parcial foi feito às 19h desta segunda-feira (4). Segundo Delgado, um dos que recolhem as assinaturas, a expectativa é de que até amanhã a lista seja preenchida. Hoje à tarde, assinaram o requerimento parlamentares como Marina Maggesi (PPS-RJ), Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), Sueli Vidigal (PDT-ES) e Duarte Nogueira (PSDB-SP).
Júlio Delgado, no entanto, diz que é preciso trabalhar com “margem de folga para evitar duplicidade e eventuais retiradas de nomes”. Segundo ele, no fim de semana já houve um movimento de pressão contra a CPI sobre os parlamentares que assinaram o requerimento. ”Temos a expectativa de dar entrada no pedido de criação da CPI já na quarta-feira (6) à tarde. Se alguém quiser retirar [o nome], terá o constrangimento de ter que ir à Mesa”, disse.
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O único partido que nenhum de seus membros assinou a lista foi o PcdoB, que conta com 13 deputados. No Senado, já se chegou ao número mínimo exigido, de 27 assinaturas. Se criada, a CPI da Navalha será mista, ou seja, composta por deputados e senadores.
Divergências
Apesar do deputado Júlio Delgado ter garantido que faltavam apenas duas assinaturas para a abertura da CPI da Navalha, o gabinete do deputado Augusto Carvalho (PPS-DF), outro autor do requerimento, informou que há, até o momento, 165 assinaturas. "Neste número já foram descontadas as duplicidades", garantiu a assessoria de imprensa de Augusto Carvalho. (Lucas Feraz e Soraia Costa)
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