O ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, defendeu hoje (19) a redução do número de cartões corporativos em poder de servidores federais. Em depoimento à CPI dos Cartões Corporativos, o ministro destacou que existem órgãos que não precisariam ter a quantidade de cartões de que dispõem atualmente. “Estamos reavaliando junto aos órgãos o volume de cartões de cada um e as regras para o saque”, afirmou.
Hage disse que hoje é possível controlar os saques mediante a prestação de contas feitas por seus usuários. Ele acrescentou que o ordenador das despesas tem como gerenciar quanto foi sacado por cada servidor e poder para limitar as despesas com o cartão. Os saques, segundo o ministro, deveriam ocorrer somente nos casos e locais em que não exista a rede interligada aos cartões.
O relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), perguntou ao ministro se ele havia sentido necessidade, em algum momento, durante a apuração das denúncias, de pedir a quebra de sigilo das pessoas investigadas. Hage respondeu que não. “No caso de fiscalização de cartões e fundos, não sentimos necessidade de quebrar sigilo”.
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O ministro declarou que a CGU está em constante processo de ampliação da transparência. Segundo ele, a CGU quer divulgar dados relativos aos saques no Portal da Transparência. Segundo ele, diversos órgãos dos governos estaduais e municipais têm sido estimulados a tornar públicas informações relacionadas aos seus gastos por causa do Portal da Transparência, da Controladoria Geral da União. (Soraia Costa)