Correios impulsionam campanha de Dilma em Minas, diz deputado

Numa reunião com dirigentes dos Correios em Minas Gerais, incluindo o presidente da empresa pública, Wagner Pinheiro, o deputado estadual mineiro Durval Ângelo (PT) afirmou que a presidente Dilma Rousseff só chegou aos 40% das intenções de votos em Minas Gerais porque “tem dedo forte dos petistas dos Correios”. Um trecho gravado da reunião, realizada na quinta-feira passada, foi obtido pelo jornal O Estado de S.Paulo com exclusividade.

 

No vídeo, Ângelo diz: “Se hoje nós temos capilaridade da campanha do (Fernando) Pimentel (candidato do PT ao governo de Minas) e da Dilma em toda Minas Gerais, isso é graças a essa equipe dos Correios”. Na gravação, o deputado afirma ainda que “a prestação de contas dos petistas dos Correios será com a vitória de Fernando Pimentel a governador e com a vitória da Dilma”. Durval Ângelo é coordenador da campanha de Pimentel, favorito a vencer a eleição em primeiro turno.

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Todo o discurso é acompanhado por Wagner Pinheiro, que não se manifesta  no trecho ao qual o Estadão teve acesso. O presidente dos Correios estava sentado à mesa ao lado do deputado estadual petista e não o interrompeu em nenhum momento em que ele se pronunciou. O parlamentar, que integra o diretório nacional do PT, pede ao presidente dos Correios que informe à direção nacional do partido “a grande contribuição que os Correios estão fazendo”  nas campanhas.

Reportagem publicada na semana pelo Estadão mostrou que os Correios abriram exceção para entregar, sem chancela, 4,8 milhões de folders da campanha de Dilma no interior de São Paulo. Partidos de oposição também foram beneficiados com a exceção para enviar quase 930 mil unidades sem a estampa digital, que serve como comprovação de que o material foi realmente postado e distribuído de maneira regular, destaca o jornal

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Em nota, a assessoria de imprensa dos Correios afirma que “as alusões feitas na matéria sobre participação de pessoas ligadas aos Correios em atividades político-partidárias jamais podem ser entendidas como atuação da empresa.Segundo a empresa, a participação de funcionários fora do ambiente dos Correios e do expediente de trabalho diz respeito somente à pessoa.

“Ao que nos consta, a referida reunião de que trata a matéria ocorreu no período noturno e fora dos Correios e não utilizou qualquer recurso da instituição”, informa o texto. “A empresa esclarece, mais uma vez, que sua atuação no processo eleitoral restringe-se à prestação de serviços, regularmente previstos em seu Guia Comercial Eleições 2014, sempre mediante pagamento e de acordo com as tabelas de preços divulgadas para todo o mercado”, complementa.

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