Os Correios e o Postalis, um dos maiores fundos de pensão do país, apostaram mais de R$ 300 milhões em transações imobiliárias suspeitas. De acordo com reportagem da revista Época desta semana, a compra de um terreno em Cajamar (SP) e outro em Brasília provocaram até alertas dos advogados da empresa, preocupados com a legalidade do negócio.
Um dos negócios envolve uma empresa aberta em Wellington, capital da Nova Zelândia, e um terreno em Cajamar. Os Correios queriam comprar uma área para abrir seu novo centro de logística. Mas, como não tinha dinheiro suficiente, recorreu ao Postalis, que acabou desembolsando R$ 194 milhões para adquirir a área, pertencente a Latam Real State New Zealand.
A ideia era que o fundo de pensão comprasse e depois alugasse para a estatal por R$ 21 milhões anuais. Porém, como até agora a obra não ficou pronta, o Postalis não recebeu um centavo.
O outro foi a compra, por R$ 123 milhões, de um terreno de 73 mil metros quadrados em Brasília para erguer o Centro de Cartas e Encomendas da capital federal. Após dois anos do negócio ser concretizado – contra a recomendação do jurídico da estatal – nada foi erguido. Isto porque as normas urbanísticas da cidade impedem a construção de empreendimentos comerciais no local.
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