A Corregedoria da Câmara vai investigar, a partir desta semana, a suposta boca-de-urna ocorrida durante a votação que absolveu o deputado Romeu Queiroz (PTB-MG), no plenário da Câmara. O deputado Mauro Passos (PT-SC) protocolou representação contra o colega Osvaldo Biolchi (PMDB-RS). Ele acusa o peemedebista de distribuir cédulas com voto já marcado.
De acordo com a Corregedoria, o deputado gaúcho será notificado até quarta-feira e terá cinco sessões para apresentar defesa por escrito. Como não haverá sessões na Câmara até o dia 16 de janeiro, Biolchi pode ganhar mais tempo para se defender. Porém, a assessoria do parlamentar adiantou que ele não vai esperar e deve apresentar sua defesa logo após a notificação.
O corregedor da Câmara, Ciro Nogueira (PP-PI), vai analisar os argumentos de Biolchi. Se considerá-los convincentes, pode pedir o arquivamento do processo. Em caso contrário, encaminhará a representação ao Conselho de Ética, para apurar a eventual quebra de decoro do parlamentar.
Mauro Passos disse que recebeu do deputado gaúcho uma cédula já marcada com o voto “não”, que favoreceria Queiroz. Chico Alencar (PSOL-RJ) estava ao lado dos dois e confirmou ter visto a cena. Biolchi defendeu-se. Disse que, na hora de pegar a fila para votar, levava uma cédula na mão e outra no bolso, de reserva. Contou que, ao sair da cabine, em meio ao empurra-empurra de deputados, deixou cair a que estava nas mãos e utilizou a que tinha no bolso.
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