A intenção de convidar Lula a prestar esclarecimentos é do PSDB. O líder em exercício do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP), confirmou a intenção. No entanto, os tucanos acabaram recuando na tarde de hoje. Eles vão esperar o desdobramento das investigações para decidir se apresentam ou não o pedido de convite a Lula na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC).
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“Convidar Lula é uma brincadeira”, resumiu Chinaglia. Para ele, a atuação do governo no caso “tem sido cristalina”. Rosemary foi exonerada do cargo, assim como o ex-adjunto da Advogacia Geral da União (AGU), José Weber Holanda. Os servidores concursados estão afastados das funções. Além disso, foram determinadas sindicâncias nas pastas envolvidas no caso.
Hoje, Chinaglia fez acordo com parte da oposição para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, falar da operação realizada pela Polícia Federal com autorização da Justiça. Ele estará na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO) na próxima terça-feira (4) para tratar da violência em São Paulo. Ficou definido que ele também vai prestar esclarecimentos sobre a Porto Seguro, no que deve ser uma sessão conjunta com a CFFC.
“Achamos apropriado que o ministro José Eduardo Cardozo venha, por meio de um convite, venha explicar toda a operação, suas implicações e dimensões. Na nossa opinião, isso é suficiente. Quanto aos demais, é público e notório que há exagero até porque querem chamar aqui pessoas que já estão demitidas. Na minha opinião, não faz sentido”, avaliou Chinaglia.
Para o vice-líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), convidar Lula para prestar esclarecimentos faz parte da “obsessão da oposição” com o ex-presidente. Escutas da Polícia Federal indicam que Rosemary fazia tráfico de influência usando o nome do ex-presidente. Ela ocupou a chefia de gabinete em São Paulo desde o início do governo Lula. E foi indicada por ele para continuar na posição após a eleição de Dilma Rousseff.
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Ministros
À tarde, integrantes da oposição apresentaram requerimentos na comissão de Segurança para convocar quatro ministros do governo Dilma Rousseff. Além de Cardozo, querem esclarecimentos da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman, do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams. Outro convidado é o ex-auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Cyonil da Cunha Borges de Farias Júnior.
Eles foram apresentados na comissão de Segurança por ser presidida pelo oposicionista Efraim Filho (DEM-PB). Na visão de deputados da oposição, é uma forma de conseguir colocar os requerimentos em votação. Os pedidos foram elaborados pelos deputados demistas Onyx Lorenzoni (RS) e Mendonça Filho (PE). Eles não têm data para entrar em votação. “É evidente que os desdobramentos já revelados justificam a atuação do Congresso”, disse Onyx em um dos requerimentos.
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Deputados da oposição ao governo Dilma Rousseff na Câmara começaram uma articulação nesta terça-feira (27) para tentar votar requerimento convocando três envolvidos na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal. PPS e PSDB já conversam para conseguir garantir o quorum na sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) e tentar incluir o pedido na pauta da sessão de amanhã (28).O requerimento protocolado pelo PPS hoje pela manhã (27) pede a convocação da ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, o ex-adjunto da Advogacia Geral da União (AGU), José Weber Holanda, e o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), Cyonil da Cunha Borges de Farias Júnior. Rosemary foi demitida pela presidenta Dilma Rousseff no sábado.
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A sessão de amanhã da CFFC está marcada para 9h e tem na pauta a votação de emendas ao Orçamento 2013. Os deputados pretendem apresentar o requerimento para votação fora da pauta. Para isso, contam com um quorum baixo de governistas. Ao mesmo tempo, tentam viabilizar integrantes para poder votar o pedido. O PPS, por exemplo, vai indicar um substituto ao deputado Roberto Freire (PPS-SP), que estará viajando.
“Se já negaram no Senado, imagina o que eles vão fazer aqui”, lamentou o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR). A intenção dos senadores era ouvir os indiciados pela Polícia Federal e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Hoje, foi aprovado no Senado convite ao advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, e o diretor-geral da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo.
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