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As revelações da conversa de Jucá com Machado ofuscaram a tentativa do governo de aprovar, o mais rápido possível, a nova meta fiscal para este ano com um déficit de R$ 170,5 bilhões.“É um constrangimento para todos, mas apoiamos as decisões que forem tomadas pelo presidente Michel Temer”, disse o deputado Carlos Marum (MS). Temer foi aconselhado por vários deputados do partido a demitir Jucá rapidamente para evitar estragos maiores na relação do Planalto com o Congresso.
O senador pediu licença do ministério do Planejamento, mas a crise política que envolve o Planalto e o Congresso não acaba. A crise Jucá engrossa outro problema do governo e do PMDB, o do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu no Supremo Tribunal Federal. Com o retorno de Jucá à presidência do PMDB, cargo que assumiu em março no lugar de Temer para evitar polêmicas com o então vice presidente, a crise política volta à cúpula do partido.
A saída de Jucá do ministério também não aplaca a crise no Executivo. Seu substituto no Planejamento, Dyogo Oliveira, é um dos citados na Operação Zelotes, da Polícia Federal, que investiga o pagamento de propina a membros do Conselho Administrativo de recursos Fiscais (Carf). Uma CPI do Congresso também investiga o envolvimento de políticos nas fraudes do Carf. O novo ministro deve ser convocado a depor na comissão.
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