O ex-ministro da Saúde do governo da presidente afastada Dilma Rousseff foi exonerado para votar contra o impeachment da petista em plenário da Casa. Agora, Castro é acolhido pelo partido, que aposta no parlamentar para atrair o apoio das bancadas do PT, PCdoB, Rede e PDT. Esta é a primeira tentativa de reaproximação do PMDB desde o rompimento com o PT, em março deste ano. Castro foi o quarto deputado a registrar sua candidatura na Mesa Diretora da Câmara para disputar a eleição, e hoje conseguiu a aprovação dos colegas de bancada.
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Três candidatos do partido disputaram o apoio da legenda, mesmo assim, Castro avalia que não existe nenhum tipo de divisão dentro do PMDB. Ele enfatiza ainda que ser o “escolhido” dentro das quatro possíveis candidaturas o deixa “fortalecido”. O ex-ministro também destacou que existe grande chance de um aliado ao governo ganhar as eleições: “Todos os candidatos que eu conheço, excluindo a deputada Luiza Erundina, são da base do governo. Agora, o que o governo deve fazer? Não interferir na disputa interna”, destaca.
“Vou pedir apoio dos 512. O meu compromisso é de trazer a paz para a Casa. De trazer a tranquilidade, harmonia, estabilidade, previsibilidade. Nós, e a sociedade brasileira, já estamos cansados de tanto excesso. Está na hora de a gente criar um ambiente favorável às medidas e às reformas que com certeza precisarem implementar nesse curto tempo. Estou sendo candidato para concluir um mandato do PMDB”, enfatizou o ex-ministro.
Com a candidatura de Marcelo Castro, PMDB se afasta do chamado “centrão”, que reune parlamentares do PP, PR, PSD, PTB, PROS, PSC, SD, PRB, PEN, PTN, PHS e PSL.
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Quando o PMDB rompeu com o governo Dilma Rousseff, os ex-ministros Celso Pansera (RJ), que assumia a pasta da Ciência e Tecnologia, e Marcelo Castro resistiram à determinação de entregar os cargos. E, apesar das movimentações da legenda à época insinuarem um possível “castigo”, ao sugerir o afastamento de ambos das principais comissões da Casa, a promessa não foi cumprida. Em plenário, os dois também se posicionaram contra o impeachment.
Marcelo Castro contou que a fidelidade a Dilma gerou elogios nas redes socais. O deputado acredita que, se as eleições parlamentares ocorressem agora, teria mais votos do que teve na campanha de 2014.
“Acho que todo o Brasil compreendeu meu gesto. Eu era ministro da presidente. Eu perderia o respeito por mim. Meus colegas e meus eleitores compreenderam perfeitamente. Na posição que eu estava eu não poderia assumir nenhuma postura diferente da que eu assumi”, pondera o candidato à presidência da Câmara.