“Nunca vi esse Carlinhos Cachoeira. Só pela televisão”, disse o contador Rubmaier Ferreira de Carvalho ao Congresso em Foco, ao ser indagado sobre as acusações de envolvimento com o bicheiro, preso na penitenciária da Papuda. Rubmaier é apontado pela CPI do Cachoeira como sendo o responsável pela criação de empresas fantasmas que o esquema criou nas suas operações com a empreiteira Delta e em outros casos.
Rubmaier vai ter oportunidade de dar seus esclarecimentos à própria CPI. Já foi aprovado o requerimento para a sua convocação, e a intenção do relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), é ouvi-lo na próxima quinta-feira (5 de julho).
As primeiras menções a Rubmaier apareceram na revista Época. Na reportagem, ele aparece como sendo o criador das empresas de fachada do esquema. Ele admite envolvimento com uma das empresas fantasmas de Cachoeira, a Brava Construções, mas nega qualquer outro envolvimento. “A Brava eu realmente sei porque o Álvaro Ribeiro (que aparece como dono da empresa) esteve no meu escritório. As outras, não”, afirma ele.
Veja a reportagem da revista Época
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Segundo a CPI, Rubmaier seria também o contador responsável pela empresa Adércio & Rafael, a nova fantasma do esquema Cachoeira mencionada pelo jornalista Luiz Carlos Bordoni, no seu depoimento à CPI na quarta-feira (27). “Nunca ouvi falar dessa empresa”, assegura Rubmaier. A Adércio & Rafael mudou de nome, e hoje se chama G & C Construções. “Também não conheço”, garante também Rubmaier. O telefone de ambas as empresas é o do seu escritório de contabilidade, segundo a CPI. “Isso é muito estranho”, insiste ele. E a CPI diz ainda que ele é o contador da empresa. “Não sou contador dessa empresa. Nem fui com o nome antigo”, assegura.
Procurado, o governo de Goiás, em nota de sua assessoria, negou ter feito qualquer pagamento a Luiz Carlos Bordoni por meio de empresas de fachada, sem contrato e sem nota fiscal, como ele afirma (leia a nota)