Em artigo publicado hoje (30) no jornal espanhol El País, o presidente Lula disse que a será alta “a conta” da crise financeira que assola os mercados financeiros em todo o mundo. Segundo o texto, Lula diz também que os trabalhos de recomposição das economias serão “árduos”.
“A conta [da crise financeira] a ser paga por causa do descontrole especulativo é muito alta. Os trabalhos de reconstrução serão árduos”, disse Lula, que, em um primeiro momento, a crise não atravessaria o Oceano Atlântico e não causaria danos ao Brasil.
O texto foi publicado em um suplemento especial da revista dominical do diário espanhol, intitulada El País Semanal. Em “alfinetada” nos técnicos do FMI (Fundo Monetário Internacional), Lula diz que o mundo não pode mais dar tanto crédito aos “especialistas” que, durante décadas, elaboraram receitas que levaram ao colapso econômico internacional.
"Precisamos são de outros conselhos, com homens e mulheres com sensibilidade social, preocupados com a produção, com o emprego e com uma ordem global mais equilibrada e democrática", argumenta o presidente em seu artigo, que foi veiculado no suplemento especial intitulado “100 personalidades do mundo ibero-americano”. No encarte, pesquisadores, políticos, jornalistas, executivos, artistas, empresários, atletas e até cidadãos anônimos debatem questões da contemporaneidade, em textos relacionados a economia, cultura e outras áreas do conhecimento.
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Além de Lula, outros dois brasileiros figuram no suplemento. Não como “articulista”, mas apenas inspiração para o texto. São eles: Oscar Niemeyer, tema do artigo de autoria do arquiteto britânico Norman Foster; e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, tema do artigo da correspondente do El País em Buenos Aires (Argentina) Soledad Gallego-Díaz, intitulado "A esperança de Lula". (Fábio Góis)
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