Na manhã de hoje (14), a presidenta Dilma Rousseff reuniu ministros, líderes e partidos da base aliada para discutir as prioridades do governo nas votações do Congresso Nacional. Os investimentos que deverão ser feitos neste ano pautaram o primeiro encontro do Conselho Político neste ano, mas a relação dos partidos da base também foi ressaltada na reunião.
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentou um panorama da situação econômica do país e afirmou que o governo federal deverá ampliar os investimentos para que a economia possa crescer 4,5% neste ano. O programas social Minha Casa, Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também serão ampliados.
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Já os investimentos no Brasil sem Miséria e no Bolsa Família crescerão com o foco de ampliar o mercado interno. Sobre a educação, o ministro afirmou que o setor deverá ter investimentos superiores a 20% em relação ao ano passado. Em relação à crise internacional, Mantega afirmou que o país deverá “remar contra a corrente” e para isso, será preciso redinamizar o investimento até 2014.
Corte no orçamento
Mantega também esclareceu que o corte no Orçamento ainda não está pronto. A medida será tomada para garantir o cumprimento de superavit primário, que é a economia feita para pagar os juros da dívida pública. Um dos objetivos do corte também é garantir o afrouxamento da política monetária, com a redução da taxa básica de juros pelo Banco Central. Dessa forma, o governo pretende que o mercado interno possa crescer, mesmo que haja uma possível redução na demanda externa devido à crise internacional.
O ministro destacou a necessidade de o Congresso Nacional e o Executivo estarem afinados para as próximas votações, para que assim o governo consiga atingir seu objetivo na área econômica. “Governo e Congresso devem manter a parceria e a cooperação. O Congresso tem tido a atitude madura de não permitir a aprovação de projetos que provoquem desequilíbrio orçamentário ou aumento de gastos”, afirmou.
Demissão
Questionado sobre uma possível demissão, Mantega afirmou que isso não passa de “uma piada de mau gosto”. O ministro afirmou que as recentes denúncias que envolvem o seu nome e a sua pasta não foram tratadas na reunião. Ele também não quis comentar a decisão tomada ontem (13) pela Comissão de Ética Pública que decidiu pedir esclarecimentos ao ex-presidente da Casa da Moeda Luiz Felipe Denucci, sobre suspeitas de que teria recebido propina de fornecedores da Casa.
Estiveram presente na reunião o vice-presidente Michel Temer, as ministras de Relações Institucionais, Ideli Salvatti; da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; do Planejamento, Miriam Belchior; o ministro da Fazenda, Guido Mantega; além de líderes e presidentes dos partidos da base. Entre eles, o presidente em exercício do PMDB, senador Valdir Raupp (RO); o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP); o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL); o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (SP); o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE); o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o presidente do PDT, Carlos Lupi; o vice-líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA); o líder do PP no Senado, Francisco Dornelles (RJ); o líder do PSB no Senado, Antônio Carlos Valadares (SE); e o vice-líder do governo no Senado, Gim Argello (PTB-DF).
Homenagem
Pelo Twitter, o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) informou que durante a reunião do Conselho Político, Dilma Rousseff pediu para que todos fizessem um minuto de silêncio em homenagem ao filho de Flávio Dino, presidente da Embratur. Marcelo Dino, de 13 anos, morreu nesta madrugada, em Brasília. Ele foi internado após uma crise asmática e, à noite, apresentou uma piora no quadro de saúde. Durante a madrugada, ele teve uma parada cardíaca e não resistiu.
Com informações do Blog do Planalto