Por 11 votos a 3, senadores do Conselho de Ética do Senado decidiram, no início da noite de hoje (14), pela cassação do presidente licenciado da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). A decisão ainda vai a plenário, quando são necessários 41 votos para tirar o mandato do alagoano. Na sessão de hoje, o relatório do processo, feito por Jéfferson Péres (PDT-AM), pediu a cassação de Renan motivada por sete indícios e um depoimento do usineiro João Lyra. A denúncia do PSOL diz que o presidente licenciado do Senado usou “laranjas” para comprar duas rádios e um jornal em Alagoas.
Documentos comprovando datas, nomes e valores, anotações do próprio Renan e uma carta do empresário Nazário Pimentel apresentando suas empresas ao presidente do Senado fizeram parte do embasamento de Péres para recomendar a punição ao senador alagoano.
Só os peemedebistas Valdir Raupp (RO), Almeida Lima (SE) e Wellington Salgado (MG) votaram a favor de Renan e contra o relatório de Péres hoje. Como de costume, Almeida Lima fez uma longa exposição em defesa de seu correligionário. Ele chegou a comparar a cassação de Rena à perda da própria vida do alagoano.
A votação do projeto de resolução que pede a cassação de Renan em plenário pode acontecer no próximo dia 22. A previsão é do presidente em exercício da Casa, Tião Viana (PT-AC), que diz depender de um acordo de líderes.
A apreciação da matéria aconteceria antes mesmo da chegada da CPMF ao plenário, em segundo turno. Para Adelmir Santana (DEM-DF), que votou pela cassação hoje e é contrário à renovação do tributo, isso pode complicar a situação para os governistas. (Eduardo Militão)
LEIA TAMBÉM