Por unanimidade, a Mesa Diretora do Senado decidiu há pouco encaminhar a quarta representação contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao Conselho de Ética da Casa. Nesse caso, Renan é acusado de ser beneficiário de um suposto esquema de desvio de verbas de ministérios controlados pelo PMDB.
Na semana passada, o peemedebista foi absolvido da acusação de ter despesas pessoais pagas por um lobista. Ele ainda responde a dois processos no colegiado. Em um deles, ele é acusado de ter favorecido uma cervejaria com dívidas com o governo. Em outro, o senador é acusado de ter utilizado laranjas para comprar empresas de comunicação em Alagoas.
Durante análise da representação, alguns membros da Mesa defenderam que todos os processos contra Renan sejam reunidos em um só. No entanto o vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), discorda da idéia de juntar os três processos. Ele defende que três processos diferentes sejam apresentados em um mesmo dia.
Tião Viana considera que esta quarta representação não deve atingir diretamente o presidente do Senado. "O que a matéria se reporta é sobre um esquema de corrupção envolvendo autoridades, instituições financeiras e que poderia ter a presença, ou não, do presidente do Senado como beneficiário desse esquema. Isso não configura quebra de decoro", afirmou o presidente da Mesa.
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Já o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), segundo vice-presidente, também defendeu a unificação dos processos que correm na Casa contra Renan. Segundo o senador do Paraná, na própria representação do Psol há recomendação para que as representações sejam apensadas por haver conexão entre elas. Para Dias, unificar é a melhor solução porque economizaria tempo. "Terminaríamos com essa tragédia o mais rápido possível", completou Alvaro Dias. (Ana Paula Siqueira e Rodolfo Torres)
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