O parecer do deputado Marcos Rogério (PDT-RO) foi aprovado por 11 votos a 10 na última sessão do colegiado. No texto, o parlamentar pede que as investigações sobre a possível quebra de decoro parlamentar realizada por Cunha continuem. O Conselho de Ética avalia se o peemedebista mentiu à CPI da Petrobras ao afirmar não possuir contas no exterior, informação derrubada após investigações da Operação Lava Jato encontrarem contas abertas na Suíça ligadas ao presidente e a membros da sua família.
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Depois de quatro meses de manobras e protelações, o colegiado aprovou, no dia 2 deste mês, a admissibilidade da representação em que o Psol e a Rede pedem a cassação do mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por quebra de decoro parlamentar. A decisão chegou a esbarrar em um empate, mas o andamento do processo foi aprovado por 11 votos a 10, com voto de minerva do presidente do colegiado, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA).
O processo de cassação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já é a pauta mais demorada que passou pelo Conselho de Ética desde que foi instituída a exigência de parecer preliminar, em 2011. A tramitação atingiu, nesta segunda-feira, a marca de 92 dias. Ao todo, vinte casos foram analisados pelo Conselho. Até então, o recorde de lentidão era dos processos contra Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ) e Devanir Ribeiro (PT-SP), com 77 dias cada.