O Conselho de Ética da Câmara se reúne hoje, às 14h, para examinar o parecer do relator Moroni Torgan (PFL-CE) sobre o processo de cassação do deputado Vadão Gomes (PP-SP), acusado de receber R$ 3,7 milhões do valerioduto. Inicialmente, a votação estava prevista para ontem. A reunião foi adiada porque o Conselho de Ética recebeu em cima da hora os documentos solicitados por Torgan sobre o avião particular de Vadão.
Segundo o empresário Marcos Valério, o deputado teria recebido o montante, em duas parcelas, nos dias 5 de julho e 16 de agosto de 2004, em um hotel em São Paulo. Em sua defesa, Vadão alegou inocência e disse que não estava em São Paulo nos dias em que o empresário mineiro afirma ter feito o repasse do dinheiro. O deputado apresentou planos de vôos e testemunhas. Afirmou que, em 5 de julho, esteve em Itarumã (GO), viajou para Brasília e retornou no dia 8 a Votuporanga (SP). Disse que visitou, já no dia 16 de agosto, as cidades de Mineiros (GO) e Fernandópolis (SP).
O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), informou que Torgan estava esperando um documento da Agência Nacional de Aviação que só chegou ontem, às 10h30. O deputado do PP, por sua vez, alega que enviou a documentação no último dia 19 para o Conselho. O parecer de Torgan deve recomendar a cassação do mandato de Vadão por quebra de decoro parlamentar.
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