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A votação do parecer de Teixeira estava prevista para ontem. Na semana passada, acabou adiada pela ordem do dia. O mesmo ocorreu nesta terça-feira (10). Por isso, o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), remarcou a sessão para hoje. Como a fase de discussão já tinha ocorrido, os deputados foram direto para a votação. Na primeira rodada, derrubaram o parecer de Teixeira.
O petista tinha defendido mais investigações. No entanto, a posição não era a mesma do seu partido. O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), disse no fim de junho que não existiam indícios para investigar Protógenes. A postura foi seguida por Sibá Machado (PT-AC), que acabou como relator do voto pelo arquivamento. Na segunda votação, para tornar oficial o arquivamento, o resultado foi 16 a um. Em ambas, somente o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) votou pela continuidade do processo.
“Que o caso sirva de lição para os outros parlamentares. A representação foi feita com base em ilações saídas da CPI do Cachoeira”, disse Protógenes depois da votação. Para ele, não houve cuidado da Câmara ao dar prosseguimento ao processo. Para o relator derrotado, no entanto, a apresentação de um parecer prévio dificulta o trabalho dos conselheiros. “A representação é frágil, não traz provas. Isso fragiliza o Conselho”, opinou.
PublicidadeO pedido de investigação do PSDB tinha como ponto de partida reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada em abril. De acordo com o periódico, havia cumplicidade entre Protógenes e ex-sargento da Aornáutica Idalberto Matias, o Dadá, acusado de fazer parte da organização liderada por Cachoeira. Segundo as gravações da Polícia Federal que vazaram para a imprensa, o deputado teria orientado o depoimento de Dadá em inquérito da PF.