Essa, aliás, é a recomendação da Corregedoria Parlamentar em relação a Bacelar. O deputado baiano é acusado de nepotismo. Já Protógenes é alvo de uma representação do PSDB que alega que ele teve contatos que contrariam a ética e o decoro parlamentar com o araponga Idalberto Martins, o Dadá, preso na Operação Monte Carlo como um dos auxiliares do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
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No caso de Protógenes, o Conselho ainda terá de analisar um parecer preliminar sobre a admissibilidade dos indícios de quebra de decoro. “As informações publicadas dão conta de conversas mantidas entre ambos, em que o deputado é flagrado combinando encontros particulares com o referido araponga com vistas a instruí-lo acerca de sua defesa perante a Polícia Federal, em que constava como investigado”, acusa o PSDB, autor da representação.
O deputado alega que sempre tratou de assuntos profissionais com Dadá e que jamais teve qualquer envolvimento com o grupo de Cachoeira. Delegado afastado da Polícia Federal, o parlamentar é um dos autores do requerimento que resultou na instalação da CPI. Ele também é um dos proponentes da CPI da Privataria, que tem as privatizações dos governos Fernando Henrique Cardoso como principal alvo. O deputado também estuda representar contra o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PSDB-PE), e o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), que arrancaram um cartaz da CPI da Privataria da porta de seu gabinete.
Nepotismo cruzado
PublicidadeA representação contra João Carlos Bacelar foi motivada por reportagem da revista Veja, ainda no ano passado, que sustentava que o deputado baiano empregava em seu gabinete a mãe e a irmã do deputado estadual baiano Nelson Leal (PSL). A mãe e um tio de Bacelar trabalhavam no gabinete de Leal na Assembleia Legislativa da Bahia. Ainda de acordo com a matéria, que embasou a denúncia do Psol, o deputado federal nomeou para seu gabinete uma “laranja” em emissora de rádio de sua propriedade e uma empregada doméstica de sua família.
O Psol também encaminhou requerimento ao Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a prestação de contas e o processo licitatório de sete emendas ao orçamento feitas por Bacelar entre os anos de 2008 e 2011. A suspeita é de que a prefeitura beneficiada contrataria uma empresa de propriedade do próprio deputado.
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