O Conselho de Ética da Câmara notificou ontem, por edital, os seis deputados que não foram encontrados pessoalmente no prazo estabelecido pelo presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PTB-SP) para serem avisados da abertura dos processos no órgão. Os parlamentares estão entre os 67 denunciados no relatório parcial da CPI dos Sanguessugas.
As notificações foram publicadas no Diário Oficial da Câmara dos Deputados e no Jornal do Brasil. Os editais também deverão constar no Diário Oficial da União, fato que só não ocorreu ainda por questões burocráticas.
Depois da publicação, tem início o prazo de cinco sessões do plenário para os deputados encaminharem as defesas ao conselho. Agora, todos os 67 denunciados pela CPI já foram notificados.
Foram notificados por edital os deputados:
Edna Macedo (PTB-SP)
Elaine Costa (PTB-RJ)
João Batista (PP-SP)
Marcos Abramo (PP-SP)
Professor Irapuan Teixeira (PP-SP)
Ricardo Rique (PL-PB)
Suassuna terá de esclarecer depoimento de ex-assessora
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O senador Jefferson Péres (PDT-AM), relator do processo de cassação do senador Ney Suassuna (PMDB-PB) no Conselho de Ética, anunciou nessa quinta-feira que pedirá ao presidente do órgão, João Alberto Souza (PMDB-MA), a convocação do peemedebista para que preste esclarecimentos sobre declarações feitas pela ex-chefe de gabinete Mônica Teixeira.
Em depoimento ao Conselho na última terça-feira, Suassuna afirmou que Mônica teria falsificado a assinatura dele na emenda individual que pedia a transferência de recursos das prefeituras paraibanas para uma instituição no Rio.
No entanto, de acordo com oitiva feita pelo corregedor da Casa, senador Romeu Tuma (PFL-SP), e entregue na quarta-feira ao Conselho, Mônica disse que Suassuna pedia a ela que assinasse documentos com o nome dele.
Jefferson Péres também comunicou que o Conselho deve enviar a Suassuna uma cópia da documentação recebida da Corregedoria do Senado para que apresente, em três dias, a defesa.
O relator, que já tinha dito que na próxima quarta-feira apresentaria o parecer do relatório contra o senador acusado de envolvimento com a máfia das ambulâncias, afirmou que somente depois de ouvir Suassuna irá se pronunciar.
"Antes de Suassuna se defender, não vou dizer nada. Antes de o senador falar, contestar, se defender, confirmar ou rebater, não sei, eu não posso falar sobre isso. Eu não sei o que ele vai dizer", ressaltou o relator.