O Conselho de Ética do Senado votou pelo arquivamento do processo contra a senadora Serys Slhessarenko (PT – MT). O relator do processo, senador Paulo Octávio (PFL-DF), concluiu que não existiam evidências da participação de Serys na máfia das ambulâncias. O relatório foi aprovado por unanimidade.
Conforme explicou o relator, o nome da senadora surgiu indiretamente na CPI dos Sanguessugas, após a citação de seu genro, Paulo Roberto, no depoimento dos sócios da Planam Darci e Luiz Antonio Vedoin. No entanto, nada de ilícito ficou comprovado contra a senadora.
Apesar de ter apresentado emendas para ambulâncias, não foram encontradas provas da cobrança de propina ou de qualquer irregularidade feita por Serys. “Não há provas da participação da senadora e nem depoimento dos Vedoin contra ela, por isso meu parecer é conclusivo pelo arquivamento”, disse Paulo Octávio. O senador lembrou, ainda, que nenhum inquérito foi aberto contra a senadora no Supremo Tribunal Federal. "Isso mostra que as investigações da Polícia Federal não encontraram evidências contra Serys", concluiu.
Até mesmo o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), adversário político de Serys em seu estado, pediu a palavra para defender a senadora. Disse que, apesar de serem de partidos diferentes, não conseguiria dormir tranqüilo se compactuasse com uma injustiça. Elogiou o parecer do relator e disse ter plena convicção da inocência da senadora. "Eu voto para dormir bem, e voto pelo arquivamento do processo contra a senadora", concluiu Antero Paes de Barros. Com isso, Serys ficou livre da cassação. (Soraia Costa)
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