O calor das discussões entre os parlamentares na reunião do Conselho de Ética desta tarde fez o presidente do órgão, Ricardo Izar (PTB-SP), suspender os trabalhos e marcar nova reunião para amanhã, às 9h. Os deputados votavam o parecer de Nelson Trad (PMDB-MS), que pede a cassação do colega Roberto Brant (PFL-MG), mas tiveram de interromper os trabalhos para participar da Ordem do Dia no plenário da Câmara.
Izar reconheceu que o plenário está dividido e que não há como prever o resultado da votação. Seis deputados se manifestaram a favor do relatório de Trad, e outros cinco disseram que votarão contra.
Dois deputados apresentaram votos em separado, pedindo a absolvição do Brant: Moroni Torgan (PFL-CE) e Benedito de Lira (PP-AL). Outros três deputados – Angela Guadagnin (PT-SP), Jairo Carneiro (PFL-BA) e Edmar Moreira (PFL-MG) – manifestaram voto contra o relatório.
Já anunciaram que irão votar a favor da cassação os deputados Chico Alencar (PSOL -RJ), Julio Delgado (PSB-MG), Pedro Canedo (PP-GO) Ann Pontes (PMDB-PA), Orlando Fantazzini (PSOL-SP) e Josias Quintal (PSB-RJ).
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O voto do deputado Gustavo Fruet (PSDB-SP) é uma das dúvidas para a reunião desta quinta-feira. Caso ele resolva seguir a orientação dos tucanos, que apóiam o PFL, a tendência é que vote pela absolvição de Brant. Se a previsão for confirmada, caberá ao presidente do Conselho dar o voto final. Izar adiantou que, apesar de não ter estudado todo o texto, deve acompanhar o relator.
Na reunião de amanhã, Izar disse que só vai abrir a votação se houver empate. O Conselho tem 15 integrantes, incluindo o presidente, e há uma boa possibilidade do caso Brant terminar com um empate em sete a sete. “Até agora, eu não disse se sou contra ou a favor da cassação. Vou analisar tudo bem direitinho e só vou dizer o meu voto se necessário”, afirmou.
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