Renata Camargo
Entre os muitos dias comemorativos do calendário nacional, o país poderá comemorar o Dia Nacional do Sexo. O deputado e músico Edigar Mão Branca (PV-BA) apresentou nesta semana uma inusitada proposta que visa estabelecer “um dia de reflexão” para pensar em maneiras “seguras, responsáveis e prazerosas de praticar sexo”. O objetivo do projeto é desfazer do imaginário coletivo a ideia de que sexo é um “ato impuro” e “uma forma de promiscuidade”.
De acordo com a proposta, o dia 14 de janeiro passará a ser o Dia Nacional do Sexo, o que, no entendimento do autor, contribuirá para a educação sexual e para quebrar “tabus” em relação à prática. Mão Branca justifica que a questão sexual tem sido tratada de forma distorcida, “como uma mercadoria suja” e que o sexo é colocado de maneira pejorativa em letras musicais, comerciais e em programas de TV, como o Big Brother.
“A função sexual que a mídia e empresários, donos de motéis, sex shop passam é somente no sentido do capitalismo. Temos a obrigação de rechaçar essas distorções. Sexo não está atrelado somente ao prazer e ao comércio, mas em relação à preservação familiar”, afirma Mão Branca na justificativa do projeto.
Na justificativa, o parlamentar cita uma pesquisa realizada pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP) que mostra que o brasileiro na hora do sexo se preocupa primeiramente em satisfazer o parceiro do que com a contaminação de doenças sexualmente transmissíveis. “Não podemos deixar de fora do debate as questões sexuais, pois uma sociedade informada forma uma população civilizada. Temos a obrigação de criar um dia para enfrentarmos e debatermos sobre o tema sexo”, concluiu Mão Branca.
Veja aqui a íntegra da proposta
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