Com 32 anos completados em janeiro, ACM Neto (DEM-BA) entrou no terceiro mandato seguido como deputado federal. Neto do ex-senador baiano Antônio Carlos Magalhães, vem de uma uma família com longa influência na política local e nacional. Professor de História, Randolfe Rodrigues (Psol-AP) foi eleito ano passado o senador mais votado do Amapá. Assim como o pai sindicalista, começou na política no PT.
Em comum entre os dois, com posições políticas completamente antagônicas, está o fato de fazerem parte de uma nova geração de políticos. Ambos possuem experiência no Legislativo. Enquanto o hoje líder do DEM na Câmara está no terceiro mandato, Randolfe foi duas vezes deputado estadual quando ainda estava no PT. Já no Psol, buscou uma vaga de deputado federal em 2006, mas não conseguiu votos suficientes.
Leia também
A juventude de ambos os coloca como hábeis a participar da disputa de uma nova categoria do Prêmio Congresso em Foco: parlamentares de futuro. Com o apoio da Ambev, serão premiados nessa categoria os parlamentares com menos de 45 anos que mais se destacam nos mandatos de deputados federais e senadores.
Na Câmara, parlamentares nessa faixa etária correspondem a mais de 20% do total de 513 deputados existentes. No Senado, para o qual só podem se candidatar brasileiros com pelo menos 35 anos de idade, o percentual é bem menor, fica na casa dos 6%. Em números brutos, eles são 121 deputados e cinco senadores, que representam diferentes partidos e estados. “Nosso intuito nessa parceria com o Congresso em Foco, em especial na categoria Parlamentares de Futuro, é incentivar aqueles políticos que, de forma transparente, buscam como nós ajudar o país a se desenvolver de maneira duradoura e consciente”, afirma o diretor de relações governamentais da Ambev, Disraelli Galvão Guimarães.
Ele ressalta que preocupação com o futuro, sustentabilidade e planejamento de longo prazo são atributos que devem ser buscados tanto por empresas como a Ambev quanto pela sociedade como um todo. Daí a importância de identificar os jovens representantes políticos que, independentemente de ideologias ou vínculos partidários, projetam para a nação bons valores. Disraelli acrescenta que a Ambev possui vários projetos no campo da responsabilidade social. Entre eles, o movimento cyan, voltado para o uso racional de água; e as campanhas destinadas a incentivar o consumo responsável de bebida alcoólica.
“Para nós, estimular a democracia sólida que o Brasil conquistou está em linha com essa atuação sustentável que buscamos. Trata-se do futuro do país no qual a Ambev atua, onde empregamos 32 mil pessoas e temos investido R$ 2 bilhões ao ano”, explica Disraelli. Segundo ele, apoiar iniciativas como o Prêmio Congresso em Foco permite reconhecer quem contribui para fazer o país avançar. “Faz parte da cultura da nossa empresa valorizar e destacar os méritos alcançados por quem sonha grande e corre atrás de suas realizações. Ainda mais quando essas realizações visam o bem de um país inteiro”, arremata o diretor.
Caçula
ACM Neto e Randolfe Rodrigues são apenas dois dos muitos congressistas habilitados a participarem da disputa na categoria “Parlamentares de futuro”.
Veja quem são os deputados com menos de 45 anos
Os senadores com menos de 45 anos
Os mais novos deles são Wilson Santiago (PMDB-PB), que completará 22 anos na próxima quarta-feira (10), e Hugo Motta (PMDB-PB), que nasceu 31 dias depois do colega peemedebista. Os dois são filhos de políticos que já passaram ou ainda estão no Congresso.
Nascido um ano após a promulgação da Constituição de 1988, Wilson Filho chegou ao Congresso pelas mãos do pai, o senador Wilson Santiago (PMDB-PB), ex-líder do PMDB na Câmara. Ele é apenas um mês mais velho que Hugo Motta, o mais jovem congressista brasileiro. Hugo é filho do atual prefeito de Patos (PB), Nabor Wanderley Filho, e neto do ex-prefeito da cidade Nabor Wanderley. Pelo lado materno, é neto do ex-deputado Edvaldo Motta, já falecido, e da deputada estadual Francisca Motta (PMDB).
A incrível bancada dos parentes na Paraíba
Os peemdebistas não são os únicos a contarem com sobrenome conhecido no meio político. Que o diga Brizola Neto (PDT-RJ).Neto do ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro Leonel Brizola, o pedetista começou a carreira política no Rio de Janeiro, apesar de ser gaúcho de nascimento. Foi eleito vereador em 2004, mas não chegou a cumprir o mandato, já que dois anos depois disputou uma vaga na Câmara. Apesar da suplência na última eleição, está de volta com a saída do titular do mandato.
Se eles contaram com a ajuda da família – em maior ou menor grau – para conseguirem uma cadeira na Câmara, o mesmo não pode dizer Manuela D’Ávila (PCdoB-RS). A atual presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa está no segundo mandato como deputada federal. Antes foi vereadora em Porto Alegre. Nesse meio tempo, disputou a prefeitura da capital gaúcha, não conseguindo ser eleita. Ela, que veio do movimento estudantil, completa 30 anos em 18 de agosto.
Todos eles estão entre os 126 parlamentares que formam os eleitos para concorrer nesta nova categoria. São deputados e senadores que representam as diferentes realidades brasileiras, das capitais cosmopolitas ao interior bucólico, do dinheiro contado ao poder econômico, de conservadores e progressistas. Em comum, o mesmo empregador: a população brasileira.
“Nossa expectativa é estimular os parlamentares que, de maneira ética e proba, ajudam o país a seguir com um ambiente institucional maduro e que trabalham para que o Brasil e as empresas que formam a economia forte dessa nação cresçam lado a lado. Assim, reforçamos nosso compromisso com o desenvolvimento do país e com a geração de valores para a nossa sociedade”, completa o diretor da Ambev Disraelli Galvão.
O processo de escolha
Este ano realizando sua sexta edição, o Prêmio Congresso em Foco envolve um processo de escolha que se dá em duas etapas. Na primeira, os jornalistas que cobrem o Congresso Nacional escolhem livremente aqueles que, na sua opinião, mais se destacaram. Dessa votação entre os jornalistas, é elaborada uma lista de finalistas que é submetida à votação dos internautas.
Os jornalistas votarão, entre os próximos dias 16 e 18, em duas categorias gerais (melhores deputados e melhores senadores) e seis categorias especiais. Entre estas, além da categoria “Parlamentar de futuro”, serão premiados em 2011 os parlamentes de maior destaque na defesa da educação; da saúde; dos direitos do consumidor, em parceria com o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical); dos municípios, categoria patrocinada pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP); segurança jurídica e qualidade de vida, categoria apoiada pela Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg/BR) e Associação Nacional de Registradores de Pessoas Naturais (ArpenBrasil); e da democracia e cidadania, categoria assinada em conjunto com a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF).
A votação dos jornalistas é feita com o acompanhamento do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal. Da escolha deles, são selecionados 25 deputados e dez senadores, nas duas categorias gerais, e cinco parlamentares (deputados ou senadores) para cada uma das categorias especiais. Todos os congressistas pré-selecionados pelos jornalistas recebem prêmios. Mas a premiação – troféus, placas ou certificados – pode variar conforme a colocação na votação final, pela internet, que – como ocorre desde o ano passado – será monitorada pela APCF.
LEIA MAIS:
Reconhecimento pela identificação com o consumidor
Associações de cartórios premiarão segurança jurídica
Lançada nova categoria do Prêmio Congresso em Foco
Leia tudo sobre o Prêmio Congresso em Foco