Em 1987, um veículo jornalístico independente da cidade de Austin, no Texas, se juntou a músicos locais e organizou um evento para o qual eram esperadas 150 pessoas. Apareceram 700.
Mais de três décadas depois, permanecem os mesmos o nome do festival – South by Southwest, ou simplesmente SXSW – e o seu principal organizador, o jornal The Austin Chronicle. Também são iguais seu jeitão meio alternativo de ser e a vontade de incluir o Sul norte-americano no mapa das coisas que importam na terra de Tio Sam. O resto mudou por completo.
Ano após ano, o projeto continuou a lançar luz sobre a interessante cena musical da charmosa cidade texana, mas se transformou em um megaevento, que atrai dezenas de milhares de pessoas de todo o mundo. Na área musical, ele foi vitrine de músicos então iniciantes que se transmutaram em estrelas. Entre eles, Amy Winehouse, Katy Perry e White Stripes. Mas faz tempo que o SXSW deixou de ser apenas um festival de música.
Virou um grande caldeirão de criatividade em que se misturam comunicação, tecnologia, arte, ciência, gastronomia e muito mais. Um ponto de encontro de pessoas inquietas, interessadas em conhecer coisas novas, romper paradigmas e fazer contatos. O que uma publicação digital brasileira, especializada em cobertura política, tem a ver com uma parada dessas, você pode estar se perguntando.
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Tudo, my friend. Se você não circulou muito por aqui nos 14 anos em que ocupamos este bat-canal, aí vão duas dicas. A primeira é que inovar está no DNA desta página que prazerosamente lhe abriga neste instante. Sem isso, permitam-me 327 caracteres para um breve comercial, jamais teríamos nos tornado um dos veículos jornalísticos nacionais mais citados pela mídia estrangeira, nem teríamos atingido a impressionante marca de 700 mil visitas/dia, com uma redação de meia dúzia de gatos pingados. Pingados e, sobretudo, dedicados de corpo e alma à tarefa de produzir jornalismo de qualidade. A segunda é que aproveitaremos a adolescência do site pra fazer de 2018 a linha divisória de nossa trajetória. Nesse departamento não dá pra adiantar muita coisa, a não ser dizer que o momento exige que estejamos absolutamente antenados com as coisas mais bacanas que se fazem por aí.
Pra falar a verdade, algo inescapável para um jornalista digno de se apresentar como tal, chegarei a Austin atrasado. O festival começou algumas horas atrás, e estou desesperadamente retido neste momento no aeroporto de Orlando, à espera de um avião da JetBlue. Disseram que a, perdão, “aeronave” (aircraft) precisa de três computadores para voar com segurança, e um deles está com defeito. Parece que agora decidiram trocar o avião e em 25 minutos embarcaremos.
Xereto em uma infinidade de lugares e vejo alguns veículos prometendo o impossível: trazer ao seu público “tudo” sobre o SXSW 2018. Impossível porque estamos falando de centenas de atividades, várias delas simultâneas, realizadas em mais de uma dezena de lugares diferentes e distantes entre si. Não prometo tudo. Prometo, brazucas amados, trazer pra cá em texto e vídeo o que eu encontrar de mais interessante e… tô há um tempão querendo usar esta palavra… disruptivo pelo caminho.
Oba, estão chamando. Agora parece que vai. Espero encontrar você por aqui mais vezes. Seguraê, Big, que não terei tempo pra publicar. Estou mandando a coisa agora correndo pelo WhatsApp. Iche, não rolou. Vai por email. A bola é sua, fio…
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